1 de dezembro de 2011

Ilhas Galápagos

0° 49′ S 91° 00 W

Nada do que eu vi até hoje na minha vida se compara as Ilhas Galápagos.

As ilhas Galápagos formam um arquipélago com 58 ilhas, sendo apenas quatro delas habitadas pelo homem.

Nossa escolha foi fazer uma viagem por “alto mar”, ou seja, nada de hotéis, ou pousadas, a idéia mesmo era passar a maior parte do tempo no mar. Isso quer dizer veleiro!


Por estar morando em Quito, assumo que foi fácil encontrar uma agencia de turismo apropriada para entender nosso objetivo na viagem, Galápagos é uma província do Equador, e um dos pontos turísticos mais visitados (não por equatorianos, pois o acesso para eles é considerado caro!).

Inclusive, não existe a possibilidade de visitar Galápagos sem uma agência de turismo por trás. Como é uma reserva natural, existem muitas regras a ser seguidas e algumas delas são: o controle do número de visitantes, local da visita SEMPRE COM GUIA, período do cruzeiro pré-programado, etc.

Tudo notificado antes mesmo de chegarmos ao aeroporto. A compra das passagens só pode ser realizada depois da confirmação do pagamento do cruzeiro ou hotel. Tudo tem que estar “linkado” e apresentado junto às autoridades equatorianas antes do embarque.

Como não tínhamos muito dias disponíveis escolhemos um cruzeiro de 5 dias, num veleiro, para conhecer 8 ilhas. A idéia no começo era conseguir lotar a capacidade do barco (10 passageiros), apenas com amigos, mas infelizmente só conseguimos preencher 50% do total.

Ou seja, éramos cinco desbravadores rumo às ilhas Galápagos J

Chegamos de avião a Isla Santa Cruz, onde antes de embarcar no veleiro fizemos uma visita ao Instituto Charles Darwin, onde conhecemos o famoso “Solitário George”.

Já no veleiro, conhecemos as ilhas: Rábida, James Island, Bartolomé, North Seymour, Mosquera, Santa Fé e por último San Cristóbal, aonde pegamos nosso vôo de volta a Quito.

Sem querer ser repetitiva mas já sendo: nunca conheci um lugar no mundo como Galápagos.



A primeira coisa que me chamou a atenção foi como cada ilha poderia ser tão diferente uma da outra, sendo que suas distancias eram pequenas para não falar mínimas. A cada desembarque parecia que estávamos em outra região do planeta, sem exageros!

Cada ilhota tinha seu animal (endêmico), sua vegetação própria, até o clima era diferente, uns lugares mais úmidos outros completamente secos. Umas ilhas com muito mosquito, outras sem nenhum inseto! (vai entender).




Claro que não posso deixar de falar dos bichos. Afinal o objetivo de ir para Galápagos é ver muito bichos, certo?!

E agente viu MUITOS e MUITOS bichos.

São tantos animais ao nosso redor, que agente tem que tomar cuidado ao caminhar, pois acidentalmente você pode pisar em um bichinho e não vê-lo.

Sério!






Agente inclusive recebe, ao desembarcar no aeroporto, um guia do que se pode ou não fazer nas ilhas, e esta lá um capítulo “caminhe olhando para o chão, ou você pode pisar em alguém”. E este alguém pode ser um filhote de leão marinho, um iguana, um pássaro.



Os bichinhos não têm o menor medo da gente, então por curiosidade ao ir ao nosso encontro pode acontecer um acidente. É mole’!?

Outra coisa que me chamou a atenção: sabe que tudo que o guia nos falava acontecia, como se estivesse seguindo um scipt de um filme.

Por exemplo, um momento mágico, foi quando estávamos navegando de uma ilha à outra, nosso guia nos avisou que iríamos dar de encontro a uma colônia de golfinhos... Minutos depois... Estávamos rodeados por uns 100 golfinhos, ou mais... Eles seguiam nosso barco, brincando com agente, foi uma das sensações mais incríveis até então.

O guia nos disse que entre aquela e aquela outra ilha encontraríamos os golfinhos e apenas nesta localidade.

Foi aí que entendemos o que é estar nas Ilhas Galápagos.

Tudo por lá é tão equilibrado, é tão realmente natural, intocado que nada muda ou se transforma. Golfinhos vivem bem em uma região, tubarões em outra, alguns pássaros por aqui, outros por ali. Existe comida pra todo mundo, a cadeia alimentar não foi destruída pelo homem, ou modificada por algum desequilíbrio ambiental.

Então tudo acontece da maneira que tem que acontecer e que acontece desde sempre. É impressionante!

É emocionante saber que ainda existem lugares no mundo como Galápagos.

Os mais pessimistas dizem que muita coisa já mudou, muita coisa já foi destruída e que o fim pode estar próximo.
Digo o fim deste equilíbrio todo, com a construção de resorts, ou a ganância não controlada do homem em querer urbanizar, crescer, desenvolver... Ganhar dinheiro, né?!

As ilhas Galápagos não podem nem devem ser desenvolvidas.

Tudo lá é ainda muito rústico. Até mesmo as ilhas habitadas pelo homem. A sensação é que ninguém por lá esta interessado em desenvolvimento, ou talvez saibam o que é isso.



Infelizmente posso dizer que o governo do Equador não se preocupa muito com o meio ambiente, então seria um milagre as ilhas estarem tão intactas assim?!

O próprio turismo não é muito desenvolvido, como falei antes, os equatorianos mesmo não tem acesso a este paraíso ecológico.

Por enquanto acredito que esta beleza toda esteja salva, mas nunca se sabe o dia de amanha...

Fomos embora de Galápagos com a sensação que existe muito a ser desbravado, afinal foram 8 ilhas, ainda faltam 50! rs

Nos disseram também que 94% do arquipélago está proibido para acesso ao homem, mesmo assim o que agente viu foi o comecinho do que Galápagos ainda pode nos apresentar.

Definitivamente foi uma das viagens mais incríveis da minha vida!



Quem tiver a oportunidade de ir pra Galápagos, não perca... Ahhh e me convide que eu vou... De novo!!!! rsss


30 de novembro de 2011

Baños, Ecuador

1° 23′ S 78° 25 W

Baños de Agua Santa é um dos destinos mais procurados por turistas que vem ao Equador.

Principalmente aqueles que buscam turismo de aventura, como caminhadas, cachoeiras, ciclismos de montanha, rafting etc.

Baños se encontra na província de Tungurahua (isso quer dizer: vulcão!) a três horas ao sul de Quito.

Esta cidade me lembrou muito nossas cidades brasileiras de serra como Petrópolis, Friburgo, etc.
No meio de varias montanhas, esta cidadezinha vive em função quase que exclusivamente do turismo.

E como aqui não existe alta ou baixa temporada, esta cidade recebe turistas o ano todo.

São vários hoteizinhos, vários barzinhos, hostals, sorveterias, mercado público.  Localizados ao redor da pracinha com a igreja... É isso mesmo!
Tem a praça principal, a igreja, a delegacia...

Ficamos hospedados em um hotel super bacana. Na realidade acredito ser o hotel mais diferente que a cidade possa a oferecer.

Diferente dos outros hotéis, este hotel não se localiza no centro de Baños, e sim esta localizado no alto da montanha, mais especialmente na mesma cadeia de montanhas do vulcão (super ativo!) Tungurahua. Ui!


Todos os quartos tem uma grande janela, quase que uma parede inteira para a observação da sua vista espetacular, de seu entorno, montanhas e principalmente da cidade vista de cima.

Agente não deu muita sorte, pois o tempo estava péssimo, muitas nuvens e chuva.

Alias este é um grande problema das regiões que tem como atrativo um vulcão.
Normalmente o clima é frio e chuvoso e quase nunca se consegue enxergar o dito cujo!

Nessas condições, a melhor coisa é escolher um bom hotel, um bom vinho, uma lareira e o maridão a tira colo.

Foi o que agente fez. Um fim de semana super romântico!

Apesar de que Baños é conhecido pelo agito noturno. Como a cidade está sempre cheia de jovens, já viu, é destino certo para paquera, azaraçao...

Mas o grande atrativo de Baños mesmo é a “avenida das cachoeiras”.

Seguindo uma estrada vale adentro, podemos encontrar 14 cachoeiras exatamente.

Só o passeio já é super gostoso! Muita água, muito verde!




Umas pequenas, outras grandes, outras maiores ainda... Cada cachoeira com sua particularidade.




Para cada uma delas existe uma própria administração, como se fosse uma “entrada” de uma reserva natural. Com um bar ou restaurante, banheiro, área de descanso, vendinha...
Para algumas tem uma trilha a seguir, outra um bondinho para levar os aventureiros até a margem.

Tem uma outra, que a grande aventura é “fazer” uma tirolesa de 900 metros (juro, quase um kilometro de distancia). Abaixo de você um enorme rio!

Foi de tirar o fôlego! Adrenalina na veia, mano!! rs


Ou se preferir, que tal pular de bungee jumping?? Ui!




Pena que o tempo não ajudou. Fazer todos esses passeios debaixo de chuva encheu um pouco o saco.

Foi um fim de semana bem frio.

Agora uma dica de um restaurante super fofo.
Encontramos quase que sem querer (thanks tripadvisor!) o restaurante Café Mariane.

Um restaurante de comida internacional (ou seja, tudo junto e misturado!) que fica escondidinho em umas das ruelas de Baños.

Lugar super fofo, decoração feita com objetos antigos, parecia um antiquário. Sabe um bistrozinho frances?! Mais ou menos isso. Mas mais fofo, porque ele é uma grande surpresa já que encontrar um lugar desses no meio do nada, digo no meio de Baños, é dificil!

Uma surpresa deliciosa! Literalmente, porque além do ambiente agradabilíssimo a comida era uma gostosura!

Me parece que os donos do restaurante (gringos com certeza!) também tem um hostal com o mesmo nome.

É só perguntar pela cidade que todos sabem onde é... Coisa de cidade pequena.

Bem, ta ai mais uma dica de mais-um-lugar-no-mundo para se conhecer! J



Sardegna, Itália

40° N, 9°E

Ahhh a Sardegna... “Dolce far niente”...

Fui para a Sardegna a dois anos atrás, na companhia das queridas amigas Carola e Fefe.




Foi definitivamente uma viagem de desbravamento.

Era nossa primeira visita a esta ilha maravilhosa. Sem guia turístico, sem dicas de viagem, sem interesses particulares, apenas um mapa na mão e uma vontade louca de conhecer o maior numero possível de praias, ou simplesmente a mais linda delas.

E foi o que aconteceu...

Chegamos ao aeroporto de Alghero, não por escolha, mas por opção de rota da companhia aérea. (Existem mais dois aeroportos na ilha, um na capital que se chama Cagliari, no extremo sul e outro em Olbia, na Costa Esmeralda).

Alugamos um carro e saímos, assim, sem destino mesmo.
Alias não existe a menor chance de não alugar um carro na Sardegna. O bacana da viagem é desbravar...

E tem tanta coisa para se ver... Esqueça ficar mofando em uma vila só. 
Mesmo que esta vila tenha uma praia maravilhosa. Será apenas a primeira de muitas!

Nossa única dúvida era; devemos seguir para o sul ou para o norte?

Seguimos em direção ao norte.

Até então o que tínhamos ouvido falar sobre a Sardegna foram histórias sobre a Costa Esmeralda, talvez a região mais conhecida da ilha, onde se encontram as mansões, os iates... Região de badalação, “vambora conhecer!”

E foi então que começamos a nossa jornada, a cada dia uma praia nova e a cada dia estávamos mais bronzeadas e mais animadas! rss






A Sardegna é puro “fervo”! Cada vilarejo uma nova descoberta.

Um dos pontos mais incríveis da viagem foi quando descobrimos o Arquipélago de Maddalena. Pequenas ilhotas, no extremo norte da ilha.

A travessia de balsa se faz pela cidade de Palau.

Bem, a Isola Maddalena é a coisa mais fofa do mundo!

Sabe aqueles vilarejos de filme, que nos sentimos vivendo a décadas atrás. Então...
Parece que tudo parou no tempo por lá. Desde as casinhas, até seus habitantes. E para que ser diferente? Para que viver no ano de 2009?!

Nem pensar... Iria perder todo o charme!

Tirando as praias, que também eram de tirar o fôlego. Apesar de que, pensando em Sardegna não é nada mais que algo redundante.

Todas as praias são lindas, neste lugar!




Pensamos em abandonar nosso carro e ficarmos por lá mesmo, até o dia de nossa volta. Mas a vontade de conhecer a tão falada Costa Esmeralda nos fez mudar de idéia.





Dia seguinte pegamos a balsa de volta a Palau (no continente?!) rsss

Seguindo viagem...

Não sei se foi porque já tínhamos visto muito lugar lindo. Não sei se foi pela tamanha expectativa, ou se foi o clima que encontramos por lá...

Mas quer saber o que achamos da tão falada Costa Esmeralda, um saco! Hehe

Claro que é um lugar lindo, não poderia ser diferente em se tratando de Sardegna.
As mansões estavam lá. Os iates também! Talvez inclusive os maiores que já tenha visto na vida. (ai esses russos!)





As boutiques encontramos de monte. Todas! Gucci, Armani, Chanel... E por aí vai.

Encontramos italianas (ou russas!) riquíssimas circulando de um lado para o outro, lindas, chiquérrimas com suas sacolas de compras, esperando para o momento de tomar um drink à beira mar ou em um iate particular, do seu marido ou amante...

Sinceramente, achei tudo meio forçado. Achei mesmo que aquilo tudo não combinava com a Sardegna que até então tínhamos conhecido.

Parecia uma região a parte. Sabe sensação de condomínio fechado?!

Não que não tenha seu charme, claro, mas é uma região muito particular...

E se você não tem nem uma mansão, nem um iate, beijo e tchau! Não é lugar pra você!

Badalar por badalar, volte para a Costa Esmeralda quando tiver uma mansão ou um iate, ou um amigo com estes mimos a oferecer!

De preferência um amigo russo, afinal são eles que invadiram a tal região, e que tem os maiores iates, as maiores mansões...

Voltando a nossa jornada, que estava quase por terminar, conhecemos uma turma de espanhóis que definitivamente nos deram a melhor dica de todas.

Disseram para terminarmos nossos dias em uma praia chamada CalaLuna.

CalaLuna definitivamente é a praia mais linda da Sardegna. Se é que poderia existir algum lugar assim.






Vou repetir então: CalaLuna é a praia mais incrível, sensacional, maravilhosa, deslumbrante de todas!

E dizem por aí, com total propriedade, a praia mais linda de toda a Itália.

Seu nome vem de sua forma prefeita de meia lua crescente.
Encontramos também água super azul, morna e cristalina.
E para mim, o MUST, o tal do diferente de tudo, suas seis cavernas distribuídas em seus 700 metros de areia branquinha.

(suspiro!)

Dizem que é a praia mais linda do Mediterrâneo inteiro, mas como não fui ainda para muitos lugares, vou me abster em repetir esta afirmação.

Apesar de que, com toda certeza, ela estará entre as top 5 mais lindas deste mar.

Fim da viagem, (snif!) de volta ao aeroporto de Alghero.

Ai, ai... E a vontade de ficar mais uma semana desbravando a outra metade (agora a parte sul) da ilha.

Arrivederci Sardegna!! Gracie per questa fantastica settimana!