0° 49′ S 91° 00″ W
Nada do que eu vi até hoje na minha vida se compara as Ilhas Galápagos.
As ilhas Galápagos formam um arquipélago com 58 ilhas, sendo apenas quatro delas habitadas pelo homem.
Nossa escolha foi fazer uma viagem por “alto mar”, ou seja, nada de hotéis, ou pousadas, a idéia mesmo era passar a maior parte do tempo no mar. Isso quer dizer veleiro!
Por estar morando em Quito, assumo que foi fácil encontrar uma agencia de turismo apropriada para entender nosso objetivo na viagem, Galápagos é uma província do Equador, e um dos pontos turísticos mais visitados (não por equatorianos, pois o acesso para eles é considerado caro!).
Inclusive, não existe a possibilidade de visitar Galápagos sem uma agência de turismo por trás. Como é uma reserva natural, existem muitas regras a ser seguidas e algumas delas são: o controle do número de visitantes, local da visita SEMPRE COM GUIA, período do cruzeiro pré-programado, etc.
Tudo notificado antes mesmo de chegarmos ao aeroporto. A compra das passagens só pode ser realizada depois da confirmação do pagamento do cruzeiro ou hotel. Tudo tem que estar “linkado” e apresentado junto às autoridades equatorianas antes do embarque.
Como não tínhamos muito dias disponíveis escolhemos um cruzeiro de 5 dias, num veleiro, para conhecer 8 ilhas. A idéia no começo era conseguir lotar a capacidade do barco (10 passageiros), apenas com amigos, mas infelizmente só conseguimos preencher 50% do total.
Ou seja, éramos cinco desbravadores rumo às ilhas Galápagos J
Chegamos de avião a Isla Santa Cruz, onde antes de embarcar no veleiro fizemos uma visita ao Instituto Charles Darwin, onde conhecemos o famoso “Solitário George”.
Já no veleiro, conhecemos as ilhas: Rábida, James Island, Bartolomé, North Seymour, Mosquera, Santa Fé e por último San Cristóbal, aonde pegamos nosso vôo de volta a Quito.
Sem querer ser repetitiva mas já sendo: nunca conheci um lugar no mundo como Galápagos.
A primeira coisa que me chamou a atenção foi como cada ilha poderia ser tão diferente uma da outra, sendo que suas distancias eram pequenas para não falar mínimas. A cada desembarque parecia que estávamos em outra região do planeta, sem exageros!
Cada ilhota tinha seu animal (endêmico), sua vegetação própria, até o clima era diferente, uns lugares mais úmidos outros completamente secos. Umas ilhas com muito mosquito, outras sem nenhum inseto! (vai entender).
Claro que não posso deixar de falar dos bichos. Afinal o objetivo de ir para Galápagos é ver muito bichos, certo?!
E agente viu MUITOS e MUITOS bichos.
São tantos animais ao nosso redor, que agente tem que tomar cuidado ao caminhar, pois acidentalmente você pode pisar em um bichinho e não vê-lo.
Sério!
Agente inclusive recebe, ao desembarcar no aeroporto, um guia do que se pode ou não fazer nas ilhas, e esta lá um capítulo “caminhe olhando para o chão, ou você pode pisar em alguém”. E este alguém pode ser um filhote de leão marinho, um iguana, um pássaro.
Os bichinhos não têm o menor medo da gente, então por curiosidade ao ir ao nosso encontro pode acontecer um acidente. É mole’!?
Outra coisa que me chamou a atenção: sabe que tudo que o guia nos falava acontecia, como se estivesse seguindo um scipt de um filme.
Por exemplo, um momento mágico, foi quando estávamos navegando de uma ilha à outra, nosso guia nos avisou que iríamos dar de encontro a uma colônia de golfinhos... Minutos depois... Estávamos rodeados por uns 100 golfinhos, ou mais... Eles seguiam nosso barco, brincando com agente, foi uma das sensações mais incríveis até então.
O guia nos disse que entre aquela e aquela outra ilha encontraríamos os golfinhos e apenas nesta localidade.
Foi aí que entendemos o que é estar nas Ilhas Galápagos.
Tudo por lá é tão equilibrado, é tão realmente natural, intocado que nada muda ou se transforma. Golfinhos vivem bem em uma região, tubarões em outra, alguns pássaros por aqui, outros por ali. Existe comida pra todo mundo, a cadeia alimentar não foi destruída pelo homem, ou modificada por algum desequilíbrio ambiental.
Então tudo acontece da maneira que tem que acontecer e que acontece desde sempre. É impressionante!
É emocionante saber que ainda existem lugares no mundo como Galápagos.
Os mais pessimistas dizem que muita coisa já mudou, muita coisa já foi destruída e que o fim pode estar próximo.
Digo o fim deste equilíbrio todo, com a construção de resorts, ou a ganância não controlada do homem em querer urbanizar, crescer, desenvolver... Ganhar dinheiro, né?!
As ilhas Galápagos não podem nem devem ser desenvolvidas.
Tudo lá é ainda muito rústico. Até mesmo as ilhas habitadas pelo homem. A sensação é que ninguém por lá esta interessado em desenvolvimento, ou talvez saibam o que é isso.
Infelizmente posso dizer que o governo do Equador não se preocupa muito com o meio ambiente, então seria um milagre as ilhas estarem tão intactas assim?!
O próprio turismo não é muito desenvolvido, como falei antes, os equatorianos mesmo não tem acesso a este paraíso ecológico.
Por enquanto acredito que esta beleza toda esteja salva, mas nunca se sabe o dia de amanha...
Fomos embora de Galápagos com a sensação que existe muito a ser desbravado, afinal foram 8 ilhas, ainda faltam 50! rs
Nos disseram também que 94% do arquipélago está proibido para acesso ao homem, mesmo assim o que agente viu foi o comecinho do que Galápagos ainda pode nos apresentar.
Definitivamente foi uma das viagens mais incríveis da minha vida!
Quem tiver a oportunidade de ir pra Galápagos, não perca... Ahhh e me convide que eu vou... De novo!!!! rsss
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